História de um imigrante que se fez Barcarenense.
Na década de 80, milhares de pessoas das mais diversas partes do Brasil desembarcaram em Barcarena, com o sonho de fazer fortuna nas distantes terras da Amazônia. O desejo de trabalhar e voltar para suas origens talvez fosse o pensamento da grande maioria dos que aqui chegaram. Contudo, o destino e as possibilidades que a cidade oferecia, foi adiando por meses depois por anos esse retorno, até que muitos ao olharem para trás perceberam que o lugar de onde partiram já pouco restava além de lembranças de um passado distante. Mas a cidade que os acolheram sim, ali estavam depositadas a sua fortuna, feita de sonhos, amigos, negócios e família. Por isso o desejo de voltar já não mais preenchiam as suas intenções.
Essa história poderia ser a de muitos outros imigrantes que chegaram à Barcarena a partir de 1980. Porém, hoje ela se refere ao mineiro ANTONIO CARLOS VILAÇA, que depois de circular por várias cidades brasileiras, desembarcou em Barcarena em 6 de janeiro de 1989 e nesta cidade resolveu ficar. Se o negócio com o grande empreendimento industrial fora a sua porta de entrada, a cidade lhes mostrou outras possibilidades. Uma delas foi a inserção na vida pública. Foi ali que o mineiro de Conselheiro Pena, depois de anos, apostou seus outros idealismos. Desde 2013, depois de tentativas frustradas, Vilaça chegou à Prefeitura de Barcarena, sendo o primeiro “peão de trecho” a chegar ao governo Municipal, empreendendo um estilo próprio de fazer política.
Nas palavras do prefeito Vilaça, “Barcarena é uma cidade acolhedora e que por isso teria com ela imensa dívida. E, parte deste pagamento se fazia por meio de seu empenho no trabalho para o benefício da sociedade”.
Hoje cumpre lembrar, mesmo em tom de descontração, ao receber a comenda “Orgulho Cabano”, concedida pela Câmara Municipal no ano de 2017, na qual partilhamos tal mérito, recordo do seu desejo, como barcarenense adotivo, dizia: “eu já falei para a minha família, quando eu morrer eu quero que os meus restos mortais sejam enterrados em Barcarena”. Que seja feita a vossa vontade, ilustre barcarenense!
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