quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Projeto Japiim forma costureiras no município de Barcarena


credito: Led Produções


O japiim é um pássaro da Amazônia que faz tudo de forma coletiva, desde os ninhos até criar os filhotes. A ave, inclusive, cuida dos filhotes de outras espécies que aparecem em seus ninhos. Esse modo coletivo e solidário de viver inspirou o nome do projeto social desenvolvido no município de Barcarena pela Alubar e que este mês completou onze anos de atuação.

Juntas, dezenas de mulheres que participam do projeto desenvolveram o ofício de costureiras. Através de cursos de capacitação e palestras sobre empreendedorismo, hoje tornam-se protagonistas na administração financeira do lar. “A gente percebe que a renda real que elas vêm recebendo está cheia de significados: trata-se de autonomia e consciência do valor do seu trabalho”, conta Márcia Campos, Coordenadora de Projetos Sociais da Alubar, empresa líder na América Latina na fabricação de cabos elétricos de alumínio para linhas de transmissão e distribuição de energia e produtora de cabos elétricos de cobre de baixa e média tensão para instalações civis, industriais e de energia renovável.

As costureiras do Japiim produzem os uniformes dos colaboradores da Alubar, e a empresa os compra. O projeto, que funciona na Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) de Barcarena, contribui para a geração de emprego e renda e para o desenvolvimento do município. Em 2016, por exemplo, o Japiim proporcionou renda média mensal de um salário mínimo para cada mãe participante.

“Hoje eu me comunico, me relaciono melhor com as pessoas e tenho uma profissão que tomei para mim, que é a de costureira”, explica Ana Lúcia Rodrigues, que entrou no projeto há um ano e já colhe os benefícios. “Comecei como uma forma de ajudar meu marido financeiramente e agora tenho uma fonte de renda e a possibilidade de me profissionalizar”.

A capacitação das integrantes do Japiim é umas das prioridades da Alubar, que acompanha com atenção o desenvolvimento de todas. Esse apoio se dá por meio de cursos de corte e costura industrial, modelagem, entre outros, promovidos em parceria com o Senai, além de palestras sobre empreendedorismo e gestão de negócios, do Sebrae.

Uma reforma recente renovou o ambiente de trabalho das costureiras, que agora atuam em um espaço climatizado e muito mais acolhedor. “O reflexo está no trabalho delas. Quando veem na rua alguém usando o uniforme, ficam felizes por terem feito ele. Elas estabeleceram essa consciência de fazer o melhor possível para quem vai utilizar aquele produto”, conclui Márcia Campos.

Andréia Góes, 40, há cinco anos no Japiim, diz que a reforma foi perfeita. “100% de conforto. Quando entrei no projeto não tinha toda essa modernidade. Temos mais concentração no ambiente climatizado. Fico muito feliz por participar do projeto. Sempre digo às pessoas que o Japiim é tudo na minha vida: minha casa, meu trabalho e de onde tiro o meu sustento”, diz Andréia. 

Fonte: Temple

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