segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

AUMENTAM AS QUEIXAS CONTRA A CELPA: JÁ NÃO É COBRANÇA ABUSIVA, É ROUBO MESMO

                As vítimas lesadas, desta vez, são de Barcarena. E a Celpa não toma vergonha.

Impressiona a reiterada conduta criminosa da Celpa na apresentação aos consumidores de contas com valores muito acima do que efetivamente foi consumido. As reclamações se avolumam e parece ter chegado a hora de o Ministério Público Estadual deixar de lado suas conversas para boi dormir com a Celpa e ingressar judicialmente com ações contra a empresa. 

Usuários foram nesta segunda-feira ao MP com as provas dos crimes nas mãos, buscando apoio de promotores ligados à área de defesa do consumidor. Dessa vez compareceram moradores do município de Barcarena, que apresentaram aos promotores de Justiça Joana Chagas Coutinho, Marco Aurélio Lima do Nascimento e Juliana Dias Ferreira de Pinho Palmeira (PJ de Muaná) a situação dos consumidores que se vêem obrigados a pagar valores exorbitantes em suas contas. 

A audiência extrajudicial foi solicitada pelo deputado federal Arnaldo Jordy, que acompanhou os moradores. A promotora Joana Coutinho informou aos participantes da reunião que já existe procedimento referente aos problemas do bairro do Guamá com a Celpa. “Fizemos uma reunião com a Defensoria Pública para planejarmos um mutirão no Guamá. Há uma demanda de mais de 60% nos juizados especiais e 90% das ações são de ganho do consumidor”, disse.

O parlamentar falou de dados estatísticos e das situações rotineiras sofridas pelos consumidores. “As pessoas se sentem lesadas pela Celpa, pois recebem faturas mensais que crescem de maneira exorbitante injustificadamente”.“É crescente o número de reclamações no Procon contra a Celpa. Há uma sensação de impotência diante da empresa, que parece não solucionar as demandas que só vem crescendo”, afirmaram os representantes da ONG Instituto de Defesa da Cidadania de Belém (IDC), reverendo Fernando e Ivete Cunha.
Cinismo contra aposentada

O caso de conta abusiva apresentado na reunião que mais chamou a atenção dos presentes, foi o relatado pela representante da ONG “Lesados pela Celpa”. Ela contou o caso de uma aposentada que pagava uma conta média de R$ 400 e recebeu uma fatura acumulada de R$ 24 mil. Após procurar a empresa, recebeu a resposta de que poderia parcelar o pagamento em 90 vezes. 

Outros casos foram relatados de pessoas desesperadas que atualmente vivem à luz de velas, pois tiveram suas energias cortadas, já que não puderam pagar os valores cobrados. Os participantes pediram uma audiência pública em Barcarena para tratar do assunto. 
Joana Coutinho disse que irá juntar ao procedimento administrativo em andamento em Belém as informações trazidas pelos moradores de Barcarena. “Por uma questão de competência para atuar, não posso interferir de maneira direta no município, mas poderei participar da audiência pública como convidada", explicou.

"Sobre o procedimento aberto na Promotoria do Consumidor de Belém, estamos cobrando da empresa uma solução para essas contas abusivas”, frisou Coutinho. Fonte: MPPA, com blogue Ver-o-Fato.

Fonte: Ver-o-Fato

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