terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Famílias de vítimas de naufrágio receberão atendimento do governo em Ponta de Pedras

 
Na próxima quarta-feira (14), um grupo interinstitucional formado por representantes de vários órgãos estaduais e do município de Ponta de Pedras, como Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil e Secretaria de Estado de Emprego, Trabalho e Renda (Seaster), iniciará, em Ponta de Pedras, uma rede de atendimento às famílias das vítimas do naufrágio ocorrido na tarde do dia 06 de dezembro. A ação foi definida na tarde desta segunda-feira (12), em reunião na sede do Corpo de Bombeiros
As buscas pelas vítimas continuaram hoje. Até o momento não foram encontrados outros corpos ou sobreviventes. Na tarde de domingo (11), às proximidades do município de Barcarena, nas imediações do furo do Carnapijó, equipes de resgate, formadas por integrantes do CBM e da Marinha do Brasil, encontraram vindo à tona lâmpadas, canecas e até galinhas, informação apresentada na manhã desta segunda-feira, durante reunião para avaliar as ações de resgate, ocorrida na sala de situação do CBM, com as presenças de oficiais e representante da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental.
A emersão desses objetos é considerada um avanço nas buscas e possibilitou o ajustamento na área de atuação das equipes, a fim de localizar a lancha que afundou e corpos que podem estar presos na embarcação. Os bombeiros informaram que a profundidade naquele ponto do rio pode variar entre 25 e 40 metros – o que dificulta a atuação dos mergulhadores.
Área menor - Com 400 km², a área de atuação das equipes de buscas foi reduzida para um raio de 2 km, por conta da atuação das lanchas do Corpo de Bombeiros, das embarcações e do navio-sonar “Tenente Castelo”, da Marinha. “Conseguimos restringir a área de atuação, e agora teremos a necessidade de mudar nossas ações táticas e operacionais, mas com uma melhor perspectiva de localizar a embarcação. Estamos muito mais otimistas, pois temos uma área menor que a trabalhada anteriormente”, disse o coronel Augusto Lima, subcomandante do CBM.
Na manhã de terça-feira (13), a Capitania dos Portos vai substituir o navio patrulha por um navio balizador da Marinha, com equipamento de sonar multifeixe, que facilita a identificação de objetos em grandes profundidades. As lanchas para as buscas de superfície continuam sendo utilizadas. “Nós estamos, desde o início, sempre fazendo as buscas por sobreviventes. Com o passar do tempo e a diminuição de possibilidades de sobreviventes, começamos a pensar na localização da embarcação, para podermos saber o que realmente aconteceu”, informou o comandante do 4º Distrito Naval, capitão de mar e guerra Ricardo Jaques. Um helicóptero do grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e quatro lanchas participam das buscas.
Vítimas – Até o momento, 43 pessoas sobreviveram ao naufrágio, e foram resgatadas por embarcações que navegavam às proximidades do local do acidente. Desse total, duas entraram na contabilidade do Corpo de Bombeiros após se apresentarem à Defesa Civil de Ponta de Pedras, no dia 7 de novembro.
Quatro vítimas fatais foram identificadas e liberadas aos familiares, após a identificação feita no Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”: Joaquim Boulhosa, Pedro Santa Rosa, Socorro de Alcântara e Maria de Nazaré Oliveira. Sete pessoas estariam ainda desaparecidas, segundo informações prestadas pelos familiares.

Por Sérgio Chêne

Fonte: AgenciaPará

Nenhum comentário:

Postar um comentário