Na próxima quarta-feira (14), um grupo
interinstitucional formado por representantes de vários órgãos estaduais
e do município de Ponta de Pedras, como Corpo de Bombeiros Militar,
Defesa Civil e Secretaria de Estado de Emprego, Trabalho e Renda
(Seaster), iniciará, em Ponta de Pedras, uma rede de atendimento às
famílias das vítimas do naufrágio ocorrido na tarde do dia 06 de
dezembro. A ação foi definida na tarde desta segunda-feira (12), em
reunião na sede do Corpo de Bombeiros
As buscas pelas vítimas continuaram hoje. Até o momento não foram
encontrados outros corpos ou sobreviventes. Na tarde de domingo (11), às
proximidades do município de Barcarena, nas imediações do furo do
Carnapijó, equipes de resgate, formadas por integrantes do CBM e da
Marinha do Brasil, encontraram vindo à tona lâmpadas, canecas e até
galinhas, informação apresentada na manhã desta segunda-feira, durante
reunião para avaliar as ações de resgate, ocorrida na sala de situação
do CBM, com as presenças de oficiais e representante da Capitania dos
Portos da Amazônia Oriental.
A emersão desses objetos é considerada um avanço nas buscas e
possibilitou o ajustamento na área de atuação das equipes, a fim de
localizar a lancha que afundou e corpos que podem estar presos na
embarcação. Os bombeiros informaram que a profundidade naquele ponto do
rio pode variar entre 25 e 40 metros – o que dificulta a atuação dos
mergulhadores.
Área menor - Com 400 km², a área de atuação das
equipes de buscas foi reduzida para um raio de 2 km, por conta da
atuação das lanchas do Corpo de Bombeiros, das embarcações e do
navio-sonar “Tenente Castelo”, da Marinha. “Conseguimos restringir a
área de atuação, e agora teremos a necessidade de mudar nossas ações
táticas e operacionais, mas com uma melhor perspectiva de localizar a
embarcação. Estamos muito mais otimistas, pois temos uma área menor que a
trabalhada anteriormente”, disse o coronel Augusto Lima, subcomandante
do CBM.
Na manhã de terça-feira (13), a Capitania dos Portos vai substituir o
navio patrulha por um navio balizador da Marinha, com equipamento de
sonar multifeixe, que facilita a identificação de objetos em grandes
profundidades. As lanchas para as buscas de superfície continuam sendo
utilizadas. “Nós estamos, desde o início, sempre fazendo as buscas por
sobreviventes. Com o passar do tempo e a diminuição de possibilidades de
sobreviventes, começamos a pensar na localização da embarcação, para
podermos saber o que realmente aconteceu”, informou o comandante do 4º
Distrito Naval, capitão de mar e guerra Ricardo Jaques. Um helicóptero
do grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública e
Defesa Social (Segup) e quatro lanchas participam das buscas.
Vítimas – Até o momento, 43 pessoas sobreviveram ao
naufrágio, e foram resgatadas por embarcações que navegavam às
proximidades do local do acidente. Desse total, duas entraram na
contabilidade do Corpo de Bombeiros após se apresentarem à Defesa Civil
de Ponta de Pedras, no dia 7 de novembro.
Quatro vítimas fatais foram identificadas e liberadas aos familiares,
após a identificação feita no Centro de Perícias Científicas “Renato
Chaves”: Joaquim Boulhosa, Pedro Santa Rosa, Socorro de Alcântara e
Maria de Nazaré Oliveira. Sete pessoas estariam ainda desaparecidas,
segundo informações prestadas pelos familiares.
Por Sérgio Chêne
Fonte: AgenciaPará
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