Em Barcarena, no nordeste paraense, 26 mil moradores recebem água tratada através da rede de distribuição da cidade. Com produção mensal superior a 360 milhões de litros, o número representa metade da capacidade de abrangência da concessionária responsável pelos serviços de saneamento básico da zona urbana do município. A principal dificuldade de adesão à água de qualidade e livre de agentes contaminantes é o uso de poços rasos individuais pela população, comuns na região, o que configura um grande perigo à saúde.
A proximidade de fossas sépticas e
ausência de tratamento aumentam os riscos de doenças transmitidas pela
água contaminada. Causadas por micro-organismos presentes em fezes
humanas e de animais, que podem ser encontradas em fontes alternativas
de água, como poços rasos, a transmissão ocorre ao beber, lavar
alimentos ou tomar banho. São elas: câncer de estômago, síndrome do bebê
azul, hepatite A, diarreia infecciosa, cólera, leptospirose,
esquistossomose, febre tifoide, giardíase, amebíase, entre outras.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a cada R$ 1 investido em saneamento há economia de R$ 4 em
custos com saúde. Em Barcarena, mais de R$ 188 milhões em obras e
serviços serão investidos em 30 anos pela Águas de São Francisco,
concessionária de saneamento que atua desde fevereiro de 2014 na área
urbana do município.
A Águas de São Francisco ressalta que
desde que assumiu o sistema de distribuição de água da zona urbana do
município, realiza mais de 3 mil análises mensais, possui laboratório de
controle de qualidade e apresenta relatórios à Agência Reguladora de
Água e Esgoto de Barcarena (Arsae). “Implantamos o sistema de
tratamento, que era inexistente, e garantimos água tratada aos imóveis
regulares”, explica o diretor presidente da concessionária, Renato
Medicis. Análises mensais são divulgadas na conta de água e, anualmente,
a concessionária apresenta relatório de qualidade, disponível em www.aguasdesaofrancisco.com.br. Todos os parâmetros estão de acordo com a Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde.
Outro fator determinante para a não
adesão dos moradores à rede de abastecimento de água tratada são as
ligações irregulares, conhecidas popularmente como gatos. “Estamos
trabalhando na regularização e também levando as redes de distribuição
para áreas onde as pessoas nunca tiveram acesso à agua tratada. Em
determinados bairros, o índice de adesão é pequeno apesar da maior
incidência de rede disponível. O uso de poços rasos individuais e as
ligações irregulares colocam em risco a saúde destes moradores e ainda
prejudicam o fornecimento em demais localidades”, explica Medicis.
A empresa reformou 11 sistemas de
tratamento de água e promoveu a operação de 30 novas bombas e automação
de 20 painéis elétricos. Mais de 50 mil metros de novas redes de água
foram implantados. Em janeiro deste ano, a concessionária lançou o
programa Barcarena Saneada, que inclui a implantação de 90 mil metros de
redes de água, construção de Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT),
reservatório e perfuração de poço. Mais 30 mil pessoas serão
beneficiadas, sobretudo os moradores da sede do município. Até dezembro
de 2016, mais 30 mil metros de redes estarão disponíveis para a
população.
Por meio de ações de responsabilidade
social, mais de 3 mil crianças já receberam lições de educação ambiental
promovidas pela empresa, que mantém ainda um canal direto com
lideranças comunitárias por meio de palestras e encontros. A Águas de
São Francisco alerta para o risco de consumir água sem o devido
tratamento e ressalta a necessidade de adesão à rede de abastecimento de
água tratada, de qualidade e livre de micro-organismos e bactérias.
Fonte: Águas de são Francisco
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