terça-feira, 18 de outubro de 2016

AUDITORES-FISCAIS INTERDITAM EQUIPAMENTOS DE PORTO DE BARCARENA

As atividades interditadas ofereciam grave e iminente risco para os trabalhadores

Auditores-Fiscais do Trabalho do Estado do Pará interditaram máquinas e atividades no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, na Região Metropolitana de Belém, em razão da constatação de grave e iminente risco à saúde e segurança dos trabalhadores. As interdições, em três empresas, ocorreram na quinta e sexta-feiras, 13 e 14 de outubro.
Após fiscalização para verificação das condições de saúde e segurança dos empregados que laboram em diversas atividades na área portuária, os Auditores-Fiscais do Trabalho constataram que estruturas de proteção de máquinas, além da ausência de inspeções técnicas, ofereciam risco aos empregados do Porto, caracterizando condições de grave e iminente risco – GIR à integridade física e saúde dos trabalhadores.
De acordo com os procedimentos de interdição, os equipamentos de movimentação de Containers sob a responsabilidade da empresa Convicon, por exemplo, não estavam com sua inspeção técnica periódica regular. Em razão disso, os Auditores-Fiscais interditaram os equipamentos.
Na empresa Alunorte a estrutura da correia de transporte da alumina apresentava risco de desprendimento das placas e dispersão do produto na área de operação portuária e em seus arredores, devido à falta de total isolamento.  O isolamento da correia é feito por meio de chapas de aço carbono e lona, sendo que partes dessas placas havia se desprendido da estrutura, formando "buracos" no sistema de proteção. Não havia laudo técnico capaz de atestar as condições de segurança. De acordo com os Auditores-Fiscais do Trabalho que participaram da fiscalização, o desprendimento de uma das placas sobre a área de operação poderia resultar em acidente fatal.
As placas de proteção, além de isolarem as partes móveis da correia, deveriam servir como instrumento de proteção ao meio ambiente do trabalho, na medida em que impediram que os fortes ventos espalhassem a alumina ao longo das instalações portuárias.
Além da falta de segurança para os trabalhadores, os Auditores-Fiscais interditaram as operações da empresa  porque não foram comprovadas as inspeções técnicas nas correias de movimentação de alumina e bauxita e de seus carregadores e descarregadores de navios.
Os Auditores-Fiscais também interditaram, na empresa Albras, a correia de transporte de Coque e Piche, por razões de comprometimento da estrutura.
A suspensão das interdições dependerá de correções das irregularidades constatadas e seu descumprimento constituem crime de desobediência.
Na manhã desta segunda-feira, 17, representantes das empresas Albras, Alunorte e Convicon estiveram na sede da Superintendência Regional do Trabalho – SRTE/PA para pedir o levantamento da interdição nas máquinas, alegando que tomaram as medidas determinadas pela fiscalização para corrigir as irregularidades.
De acordo com as últimas informações, uma equipe de Auditores-Fiscais está no Porto Vila do Conde esta tarde para verificar se todas as providências exigidas foram tomadas. Caso tudo tenha sido corrigido, será feita a desinterdição.
A ação fiscal ainda está em curso. Os Auditores-Fiscais do Trabalho darão continuidade à ação, com a lavratura dos autos de infrações correspondentes às irregularidades encontradas.

Fonte: https://www.sinait.org.br/site/noticiaView/13460/pa%20auditores-fiscais%20interditam%20equipamentos%20de%20porto%20em%20barcarena

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