domingo, 30 de outubro de 2016

BARCARENA: VÍTIMA DE NOVO


Menos de duas semanas depois que representantes do poder público no Pará e um grupo de sete empresas se comprometeram a realizar um trabalho inédito no Pará, fazendo a avaliação do conjunto de impactos e da interação, uma delas deu novamente causa a mais um acidente ambiental no distrito industrial de Barcarena, que tem como sede uma cidade de 115 mil habitantes, a 40 quilômetros de Belém.

Na manhã de ontem, mais um vazamento de caulim aconteceu no porto privativo da Imerys Rio Capim, atingindo a praia de Vila do Conde, a mesma que foi local da mais grave ocorrência desse tipo até agora, exatamente um ano atrás: em outubro de 2015 o navio cargueiro Haidar afundou atracado e 400 bois vivos que iria transportar se afogaram, morreram e ficaram se decompondo nas águas do rio Pará e na praia.

A multinacional francesa Imerys disse ter notificado as autoridades sobre o acidente e removido o caulim – que é uma argila, usada na indústria cerâmica e de papel – da praia e dos curso d’água, onde ainda podiam ser vistas as manchas brancas da poluição.

Em maio de 2014, os Ministérios Públicos estadual e federal constataram dois vazamentos de caulim da fábrica da Imerys. Acidentes ainda mais graves ocorreram com a alumina produzida pela Alunorte, vizinha da planta de caulim.

O novo acidente reforça a necessidade de acelerar as providências para dotar Barcarena de um plano diretor. E as autoridades precisam ser mais rigorosos nas exigências de cuidados ecológicos e sociais feitas às empresas




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